Segundo informações do jornal The Telegraph, a empresa está enfrentando uma ação coletiva movida por 51 famílias

Goianésia - Pela primeira vez, a empresa farmacêutica AstraZeneca admitiu perante a Justiça a possibilidade de um 'efeito colateral raro' associado à sua vacina contra a Covid-19. Segundo informações do jornal The Telegraph, a empresa está enfrentando uma ação coletiva movida por 51 famílias, que buscam uma indenização de aproximadamente R$ 700 milhões.

O processo teve início com pessoas que desenvolveram trombose após receberem a vacina no Reino Unido. A AstraZeneca reconheceu que a vacina 'pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS)', uma condição caracterizada pela formação de coágulos que aumentam o risco de obstrução dos vasos sanguíneos.

Em uma carta enviada no ano anterior ao advogado de um dos requerentes, a farmacêutica declarou: 'O mecanismo causal não é conhecido. Além disso, a TTS também pode ocorrer na ausência da vacina AZ (ou de qualquer vacina). A causalidade em qualquer caso individual será matéria para prova pericial'.

No Brasil, a vacina foi administrada em cerca de 153 milhões de pessoas. Em 2023, o Ministério da Saúde emitiu um comunicado informando: 'Os eventos adversos, inerentes a qualquer medicamento ou imunizante, são raros e ocorrem, em média, um a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando risco significativamente inferior ao de complicações causadas pela infecção da Covid-19'.