Na década de 1980, o Estado figurava entre os três maiores produtores do Brasil.

Goianésia - Nesta quinta-feira (4/4), a Embrapa Arroz e Feijão, em parceria com a Basf e o Sindicato da Indústria do Arroz do Estado de Goiás (Siago), promoverá na Casa da Indústria, em Goiânia, o lançamento da BRS A504 CL. A introdução desta nova cultivar de arroz faz parte de um conjunto de iniciativas visando restaurar o protagonismo de Goiás na produção nacional desse cereal. O evento conta com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e do Sebrae Goiás.

Na década de 1980, Goiás figurava entre os três maiores produtores de arroz do Brasil, com uma colheita que alcançava 1,5 milhão de toneladas. Naquela época, a produção supria a demanda interna do Estado e ainda havia excedente para exportação para outras regiões do país. Contudo, ao longo do tempo, devido à crescente concorrência com o arroz proveniente da Região Sul, esse cenário foi se transformando. Atualmente, Goiás ocupa o 11º lugar no ranking nacional de produção de arroz, alcançando apenas 85,5 mil toneladas do grão. Esse volume é insuficiente para suprir a demanda interna, estimada em 260 mil toneladas.

O lançamento da BRS A504 CL marca o início de uma nova abordagem que está sendo adotada pelo setor produtivo goiano. O arroz está sendo integrado a sistemas de cultivo em rotação de grãos, como soja, milho e feijão, e também a cultivos de hortaliças, como alho e cebola. Nesse contexto, o arroz de terras altas, conhecido como arroz de sequeiro, está sendo introduzido em áreas irrigadas por pivô central. De acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Embrapa, a área plantada com arroz sob pivô central aumentou de três mil hectares para 15 mil hectares na safra 2022/2023, representando uma tendência inédita para o estado de Goiás.