O Ministério da Educação concedeu um reajuste de 9% para todos os servidores no ano passado, o que representa menos da metade do que está sendo solicitado pelos docentes.

Goianésia - Esta semana, aproximadamente 18 universidades federais aderiram à greve para exigir melhorias nas condições de trabalho dos professores. Atualmente, 67 instituições estão vinculadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), e destas, 41 já estão mobilizadas.

Em Goiás, apesar de existirem três universidades federais - a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e a Universidade Federal de Jataí (UFJ) - elas não constam na lista de instituições que aderiram à greve.

Contrariando essa posição, o Movimento Docentes pela Democracia no Estado, liderado pelo professor Sinval Martins de Sousa Filho, planeja uma caravana para participar do protesto na próxima quarta-feira, dia 17. O grupo já conseguiu ônibus para transportar os professores até Brasília.

Apesar de o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) não ter aderido ao movimento, Sinval afirma que "tem Comando de Greve constituído pela base" tanto na UFCAT quanto na UFJ. Isso indica que há professores que aderiram à greve mesmo sem o respaldo do sindicato, evidenciando uma discordância interna sobre as estratégias de mobilização.

Segundo informações do jornal O Globo, três instituições já haviam paralisado as atividades na semana anterior. Na última segunda-feira, dia 15, outras 18 entraram em greve, e cinco anunciaram previsão de greve, com mais oito emitindo alertas de possível adesão, totalizando 34 instituições.

O Ministério da Educação concedeu um reajuste de 9% para todos os servidores no ano passado, o que representa menos da metade do que está sendo solicitado pelos docentes. A proposta prevê uma correção salarial apenas em 2025 e 2026, com reajustes de 4,5% em cada ano. No entanto, os docentes recusaram essa proposta.

Diante disso, os professores demandam um reajuste salarial de 22%, que seria dividido em três parcelas iguais e anuais de 7,06% - sendo a primeira ainda em 2024 e as duas seguintes nos anos subsequentes. Além disso, eles pedem a equiparação dos auxílios e benefícios com os servidores do Legislativo e do Judiciário.