Goianésia - Em um marco histórico, o rendimento mensal médio em Goiás atingiu R$ 2.960, ultrapassando pela primeira vez a média nacional. Esses dados, revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 19, indicam um aumento notável de 13,8% em relação ao ano anterior.
O destaque desse crescimento fica por conta dos diversos componentes do rendimento médio mensal goiano. A aposentadoria registrou um aumento de 20,6%, alcançando R$ 2.583, enquanto outros rendimentos tiveram um acréscimo de 17,5%, chegando a R$ 919. O aluguel e arrendamento também apresentaram um aumento significativo de 13,0%, totalizando R$ 2.430.
No entanto, mesmo com esses avanços, a diferença salarial entre homens e mulheres persiste. As mulheres goianas continuam a receber menos, com um rendimento médio de R$ 2.387, representando apenas 70,3% dos ganhos dos homens, que atingiram R$ 3.395. Esse cenário também se reflete na comparação por cor ou raça, onde pessoas pretas têm um rendimento médio de R$ 2.299, correspondendo a 58,5% do rendimento médio de pessoas brancas, que alcançaram R$ 3.929.
A discrepância salarial se acentua ainda mais quando analisada pela educação. Pessoas sem instrução apresentaram um rendimento médio mensal de R$ 1.555, apenas 27,8% do rendimento das pessoas com ensino superior completo.
No que diz respeito aos programas sociais, em 2023, 12,9% dos domicílios em Goiás tinham algum beneficiário do Programa Bolsa Família, um aumento de 1,8 ponto percentual em relação ao ano anterior. Em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS), 4,2% dos domicílios tinham beneficiários, o maior percentual registrado na série histórica.
Apesar do avanço, o percentual de domicílios com beneficiários do Bolsa Família em Goiás ainda está abaixo da média nacional, posicionando o estado como o sétimo menor nesse aspecto, ficando atrás apenas dos estados da região Sul, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
