Servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável contarão histórias sobre o boto e entregarão cartilha produzida pela pasta, com entidades parceiras

Goianésia – Servidores das secretarias estaduais de Educação (Seduc) e de Meio Ambiente (Semad) visitam, nesta terça-feira (06/05), escolas públicas de São Miguel do Araguaia e Aruanã para apresentar, a cerca de 1,1 mil alunos, uma das espécies que melhor simbolizam a fauna do Cerrado goiano: o Boto-do-Araguaia. A equipe contará histórias sobre o boto e distribuirá uma cartilha, produzida pela Semad com apoio de entidades parceiras. A ação faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente de 2023.

Em Aruanã, participam 129 estudantes do Colégio Estadual Dom Cândido Penso, 20 do Colégio Estadual Indígena Maurehi e 240 do Colégio Estadual Rio Vermelho. Em São Miguel do Araguaia, são outros 359 do Colégio Estadual de São Miguel do Araguaia, 124 do Centro de Ensino em Período Integral São Francisco de Assis e 315 do Colégio Estadual Castelo Branco, além de uma turma da sétima série da Escola Especial Oliveira Vilela. Ao todo, são pelo menos 1,1 mil.

A cartilha

A cartilha “Os Botos do Araguaia - Um mergulho nas águas da bacia Tocantins-Araguaia” traz uma série de informações sobre a espécie. A narrativa da cartilha foi construída a partir do ponto de vista da personagem Lelê, que se encontra no município de Luiz Alves e escreve sobre o boto para Pedro, uma pessoa de quem ela gosta.

“Ao longo dessa minha viagem por Goiás, eu vi muitos deles em Luiz Alves e em Aruanã. É mais fácil avistar um só por vez, mas os botos podem formar grupos grandes quando estão se alimentando ou acasalando”, diz uma das mensagens. Em resposta, Pedro conta que encontrou um livro sobre botos e o envia de presente para Lelê.

Boto-do-Araguaia

Desde 2021, foram realizadas duas expedições de pesquisadores que estudam a espécie Inia araguaiaensis: uma no Rio Araguaia, em 2021, e outra no Rio Tocantins, em 2022. O principal objetivo delas foi o de oferecer uma estimativa do número de animais e o de identificar as principais ameaças ao longo dos rios.

“É uma ótima oportunidade para conhecer o boto e um pouco da temática da conservação de espécies. Tudo isso sob a perspectiva de informações científicas, mas com uma linguagem descomplicada e com ilustrações belíssimas”, afirma Franciele Parreira Peixoto, analista ambiental da Semad e uma das autoras da cartilha.

Além do Governo de Goiás, participam do projeto WWF-Brasil, Unievangélica, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Instituto Aqualie e a Iniciativa Botos da América do Sul (Sardi).