Uma das datas mais esperadas no calendário do comércio, a Black Friday, acontecerá na sexta-feira, dia 25 de novembro. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) estima que a data deste ano deve movimentar R$ 6,05 bilhões no comércio eletrônico, com o número de pedidos chegando a 8,3 milhões.

De acordo com levantamento da NielsenIQ/Ebit, 40% dos consumidores estão na expectativa de encontrar preços mais baixos nesta época de promoções, importada dos Estados Unidos que já está virando tradição por aqui também. Além disso, a intenção de compra de produtos para a família, visando o Natal subiu 33% este ano. Em comparação, o crescimento durante a Black Friday no ano passado foi de 31%.

Nesta enxurrada de descontos, quem quer aproveitar a oportunidade e antecipar as compras de Natal precisa ter cuidado com alguns detalhes para não cair em ciladas. O planejamento é o segredo para conseguir aproveitar esse período sem cair nos golpes. O ideal é começar a comparar os preços pelo menos um mês antes da data. Este é o momento de fazer o planejamento e começar a pesquisar os valores dos produtos, para não correr o risco de ser surpreendido com promoções enganosas.

O primeiro passo é fazer uma lista de todos os itens que está procurando neste período. Depois, separe estes produtos por prioridade e mantenha na lista apenas aqueles que realmente são importantes. Posteriormente, monitore os preços. Antes de fazer qualquer compra online ou presencial, é fundamental ter certeza de que a loja é segura e de que o site é verdadeiro. E por fim, para realmente aproveitar e não se enrolar depois, é preciso olhar para as suas finanças e entender o quanto você pode – e precisa, de fato – gastar.

Todos os direitos do consumidor são válidos durante a Black Friday, assim como em qualquer outra promoção. Caso as empresas não cumpram com os direitos e deveres previstos no Código de Defesa do Consumidor, procure ajuda. Algumas ferramentas e órgãos podem ser acionados com o intuito de solucionar os impasses. Essa etapa é muito importante, já que pode resolver a reclamação e evitar ações judiciais, que custam mais tempo e dinheiro.

A orientação é que a reclamação seja aberta no Procon, caso o comprador não consiga resolver o problema diretamente com o estabelecimento comercial. Para isso, é preciso entrar no site do órgão do seu Estado para registrar a ocorrência. Outro canal é o portal oficial do governo (consumidor.gov.br). Criado recentemente, ele tem como objetivo encontrar soluções alternativas para conflitos entre consumidores e empresas em um ambiente totalmente público.

Primeiro faça uma lista do que você quer; segundo pesquise sobre as lojas que participarão da Black Friday. Terceiro compare preços com antecedência; fique atento ao valor do frete e o prazo de entrega. Certifique-se de que o site onde está fazendo as compras é real e tem uma boa reputação. Prefira pagar no cartão de crédito, e se possível, use um cartão virtual. Preste atenção nas condições de troca e garantia dos produtos. Utilize uma conexão segura para fazer compras. Fuja de links suspeitos. E por fim, salve todas as informações de sua compra.

 

*Ricardo Oliveira, docente do curso de direito da Estácio.