Goianésia- O agronegócio brasileiro segue como protagonista da economia nacional. De acordo com levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária, o setor foi responsável por 50% de todas as exportações do país nos primeiros oito meses de 2025. O resultado reforça a importância do campo na geração de divisas, empregos e no fortalecimento da balança comercial, especialmente em estados como Goiás, onde a produção de soja, milho, carnes e etanol tem peso decisivo no Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
Para o economista Newton Mario, o desempenho das exportações do agro é crucial para a saúde econômica do país. “As exportações de qualquer país dependem das importações de outros. Enviamos produtos para a Argentina, China, Estados Unidos, entre outros, porque temos competitividade. Se não tivéssemos um produto de qualidade e com preço adequado, esses países não comprariam. Qualquer crescimento nas exportações neste momento é extremamente importante”, destaca.
De janeiro a agosto, o valor das exportações do agronegócio brasileiro ultrapassou US$ 108 bilhões, o que representa um crescimento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2024. A soja segue na liderança das vendas externas, seguida pelas carnes bovina e de frango.
Apesar dos bons resultados, Newton ressalta que o Brasil ainda enfrenta desafios logísticos e estruturais que limitam o potencial do setor. “Precisamos de estradas, ferrovias, portos e aeroportos de qualidade. Essa infraestrutura é fundamental para o escoamento da produção. Além disso, a carga tributária ainda é um obstáculo. A reforma tributária pode ajudar a reduzir o impacto no valor final dos produtos e tornar o agro ainda mais competitivo”, analisa.
Além de garantir superávit na balança comercial, o agronegócio tem impacto direto no desenvolvimento regional, impulsionando setores como transporte, comércio e serviços. A expectativa é de que, até o fim do ano, o setor mantenha o ritmo de crescimento, consolidando o Brasil como uma das maiores potências agrícolas do mundo e ampliando sua presença no mercado global de alimentos.
