Goianésia - A alta demanda por viagens neste fim de ano está refletindo diretamente no aumento do preço das passagens aéreas, tornando a viagem de fim de ano mais cara para os passageiros. Além disso, a valorização das ações das companhias aéreas pode ocorrer no próximo ano, mas o cenário também traz desafios, como o aumento de custos, que afeta o bolso dos consumidores. Entre os fatores que contribuem para o aumento, destacam-se a alta do dólar e as reivindicações dos trabalhadores do setor, que têm pressionado o preço das tarifas.
Esses fatores de risco impactaram negativamente os investidores, resultando em quedas significativas nas ações das principais empresas aéreas: Gol (GOLL4) caiu 6,49%, Azul (AZUL4) desvalorizou 3,24%, e CVC (CVCB3) recuou 4,58%.
O economista André Brás explica que o aumento nas tarifas é reflexo do custo elevado do querosene de aviação, que teve um aumento superior a 50% este ano, além da alta demanda da alta temporada de férias: "A alta dos valores das passagens está diretamente relacionada ao aumento dos custos operacionais das companhias, que incluem o preço do querosene de aviação, os custos com manutenção das aeronaves e outros gastos com a infraestrutura necessária para as operações. A alta demanda também pressiona o preço para cima, principalmente na alta temporada de férias e fim de ano."
Dulce Caetano, consultora de uma agência de viagens em Goianésia, compartilha algumas dicas para quem deseja viajar no réveillon e durante as férias de verão, tentando aliviar os custos."Sabemos como montar estratégias para incluir a viagem na condição financeira do cliente, ajudando a ajustar o orçamento", explica Dulce. Ela também menciona que, embora os preços de passagens estejam altos em várias regiões do Brasil, os destinos mais caros para esse fim de ano são Fortaleza, Recife e Maceió, devido à alta procura e à valorização do turismo nessas cidades.
A malha aérea brasileira está se preparando para um número recorde de voos durante a alta temporada de 2024 a 2025. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com dados da ANAC, estima que serão realizados 163,3 mil voos de dezembro a março, o que representa um aumento no número de operações em relação a anos anteriores.