
Goianésia - Em 2024, quase 50% das indústrias brasileiras afirmaram ter investido em ações ou projetos voltados ao uso de fontes de energia renovável, como energia hídrica, eólica, solar, biomassa ou hidrogênio de baixo carbono. O dado é resultado de uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) à consultoria Nexus. O crescimento em comparação a 2023, quando apenas 34% das empresas indicavam a adoção dessas fontes, é expressivo — agora, o percentual chega a 48%. A expectativa para 2025 é de um número ainda maior.
De acordo com o instalador de painéis fotovoltaicos, Anderson Almeida, a adoção das energias renováveis traz uma série de vantagens. Ele destaca principalmente o benefício ambiental: “Quanto menos você prejudica o meio ambiente e mais você consegue ajudar com a produção da sua própria energia, melhor. A energia renovável é inesgotável, especialmente a solar. Você sabe que não vai acabar, além de não agredir o meio ambiente. Então, esse é um grande diferencial.”
Entre as indústrias que têm investido em fontes renováveis, a autoprodução de energia lidera, com 42% de adesão. Para Anderson Almeida, a economia é um dos principais atrativos para os pequenos e médios empresários: “A energia solar não é um gasto, é um investimento. Ela vai gerar uma economia absurda para o seu negócio. Hoje, não se discute mais qual a melhor fonte de energia, pois a solar se expandiu tanto que até grandes entidades e cidades já não alugam mais a energia, elas compram o sistema fotovoltaico e se tornam independentes."
Em Goianésia, cidade que se destaca pelo seu forte setor agroindustrial e sucroenergético, o movimento de modernização das operações está ganhando força. Empresas locais têm investido na instalação de painéis solares e no reaproveitamento de biomassa para reduzir custos e aumentar a sustentabilidade de suas operações. A combinação de fontes renováveis tem se mostrado uma alternativa viável tanto para grandes quanto para pequenas empresas