Pesquisador recebe troféu por melhor som e diretora

Goiânia – O filme "De onde viemos, para onde vamos" recebeu dois prêmios no 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, realizado de 7 a 14 de dezembro de 2021. O longa foi contemplado com o troféu Candango de melhor som, para o pesquisador do Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Universidade Federal de Goiás (CRTI/UFG), Paulo Roberto Gonçalves da Silva, e melhor filme com temática afirmativa, para a diretora do longa e egressa da UFG, Rochane Torres. A produção ainda recebeu menção honrosa do júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).

"É uma hora o filme ter sido selecionado e ficado entre os 6 de 160 longas. Mas honra ainda é ter recebido dois prêmios e uma menção honrosa da Abraccine", afirma a diretora do longa, Rochane Torres. A cineasta observa que o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro "é o mais importante festival do Brasil. Fez e faz história do cinema brasileiro, com seu primor ao fazer e discutir cinema. Hoje ele é patrimônio cultural do Brasil", ressalta.

Paulo Gonçalves também falou sobre a emoção de ser premiado. "Nós já ficamos muito felizes com a seleção do filme para a mostra competitiva do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foi o primeiro filme goiano a ser selecionado nestes 54 anos de festival, e nós nos sentimos gratificados em poder representar o querido estado de Goiás. É ainda mais honroso e estimulante receber um prêmio de um festival de cinema tão importante, neste momento tão difícil para a cultura brasileira como um todo, e em particular para o cinema, que é uma arte extremamente dependente de recursos financeiros e de um ambiente adequado para a sua produção e distribuição. Pessoalmente, é uma recompensa por vários anos de trabalho com o cinema independente e um grande estímulo para seguir em frente, mas vale lembrar que no cinema as conquistas são sempre coletivas".

Rochane explica que “De onde viemos, para onde vamos” discute a resistência da cultura tradicional do povo Iny (autodenominação do povo karajá), a incorporação da cultura branca e a perda de identidade entre os jovens Inys. A diretora também dirigiu A filha do Xingu (2018), Aquelas ondas (2017), Silêncio não se escuta (2016), Morte na madrugada (2015), Lady Francisco: De boate de quinta a palcos reluzentes (2013), Lembranças esquecidas (2011), Concerto de separação (2010), Resto de sabão (2006), Os que passam correndo (2008) e Antropofagia (2002). "A edição deste ano trouxe uma homenagem e retrospectiva dos importantes filmes e personalidades do cinema brasileiro. Tem um compromisso com o cinema e com a história do cinema brasileiro, ser selecionada e premiada nesse festival é uma honra", comenta Rochane.