Polícia Civil apura caso

Goianésia - A morte da modelo Aline Ferreira, de 33 anos, após procedimento estético com polimetilmetacrilato (PMMA), tem levantado questionamentos sobre possíveis falhas na prescrição médica pós-cirúrgica. A falsa biomédica Grazielly Barbosa, responsável pelo procedimento realizado em uma clínica, em Goiânia, pode ter orientado Aline a tomar medicamentos inadequados, de acordo com especialistas na área.

A prescrição incluía cinco medicamentos, dos quais pelo menos dois foram apontados como inapropriados para o caso. A prednisolona, um corticoide, foi indicada em dosagem e frequência que, segundo Rosa Matos, não são comuns para o pós-tratamento de procedimentos estéticos desse tipo. O anticoagulante xarelto também foi listado, mas sua utilização após preenchimentos como o de PMMA é considerada não recomendada devido ao aumento do risco de complicações.

Além desses, Aline recebeu recomendações para tomar amoxicilina, nebacetin pomada e toragesic. A dermatologista enfatiza que apenas o toragesic seria apropriado, enquanto os demais medicamentos não seriam usualmente indicados para essa situação.

A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando o caso e apontou que Grazielly Barbosa não realizava avaliações prévias dos pacientes nem solicitava exames necessários antes dos procedimentos estéticos.

Aline Ferreira começou a apresentar complicações no dia 27 de junho, quatro dias após o procedimento, sendo inicialmente internada em um hospital público de Brasília e posteriormente transferida para uma unidade particular. Infelizmente, ela faleceu em 02 de julho.