Goianésia - Dois irmãos de nacionalidade libanesa foram detidos sob suspeita de liderar uma quadrilha responsável pelo abastecimento ilegal de cigarros eletrônicos em Goiás. A operação da Polícia Civil resultou na apreensão de 10 mil dispositivos, estimados em R$ 1 milhão, em duas lojas e um depósito localizados no Camelódromo de Campinas, Goiânia, na última segunda-feira, dia 6.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, a investigação teve desdobramentos após a prisão de outros dois indivíduos libaneses no mês de abril, portadores de R$ 400 mil em cigarros eletrônicos. Os primeiros detidos são sobrinhos dos suspeitos agora capturados, configurando um envolvimento familiar na atividade criminosa.
"O esquema deles era grande e, com a carga que eles estavam, iriam movimentar mais de R$ 500 mensais", afirmou o delegado. Além dos dispositivos apreendidos, as autoridades confiscaram quase R$ 10 mil em dinheiro, 20 máquinas de passar cartão e o veículo utilizado no transporte dos produtos ilícitos.
Os dois irmãos libaneses chegaram a Goiânia há aproximadamente um ano e assumiram o controle do comércio de cigarros eletrônicos na região. Embora sua entrada no país tenha ocorrido conforme os protocolos legais, as atividades ilegais podem resultar na expulsão dos investigados do Brasil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reiterou recentemente a proibição da comercialização e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil. Dado que esses produtos são fabricados em outros países, sua comercialização pode constituir contrabando, crime contra a saúde pública e distribuição de itens impróprios para consumo.
Teófilo ressaltou que os detidos se recusaram a revelar a origem dos cigarros eletrônicos e que a investigação continua para identificar outros envolvidos no esquema. "Eles têm pessoas que revendem para eles. Já estamos identificando os locais onde eles distribuíram os vapes, que são tabacarias e empresas no geral", concluiu o delegado.
