Goianésia - O aumento exponencial dos custos relacionados à manutenção de veículos em Goianésia tem gerado impactos significativos na vida dos moradores de Goianésia. Em meio a uma escalada de preços que cresceu nos últimos anos, muitas famílias têm enfrentado dificuldades financeiras para manter seus automóveis, levando-as até mesmo a considerar a venda do veículo como única alternativa viável.
Segundo relatos de residentes, como o do goianesiense Leonardo Oliveira, a realidade dos altos custos se reflete diretamente em mudanças drásticas nos hábitos de consumo e lazer. “A redução das idas à chácara, antes frequentes, devido ao peso do preço do combustível nas despesas mensais foi uma das primeiras coisas que cortamos”, afirmou Leonardo.
De acordo com análises do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), um dos principais fatores contribuintes para essa realidade é o preço elevado dos combustíveis, que impacta não apenas os proprietários de veículos, mas toda a cadeia produtiva. O economista Paulo Henrique Pegas ressalta que a tributação excessiva sobre os combustíveis torna qualquer aumento um fardo pesado para os consumidores.
Com o litro da gasolina alcançando valores próximos a 6 reais em Goianésia, a manutenção de um carro popular tornou-se uma despesa considerável, custando em média cerca de 1000 reais por mês, um aumento alarmante de 90% em comparação a 2015.
Profissionais do ramo de manutenção de veículos na região corroboram essa tendência, afirmando que os proprietários enfrentarão gastos ainda maiores quando precisarem de reparos. O mecânico Malaquias Júnior destaca que os custos de manutenção aumentaram em torno de 20%. “ É um valor significativo para aqueles que dependem de seus veículos diariamente”, afirmou o mecânico.
Diante desse cenário desafiador, muitos residentes de Goianésia têm buscado alternativas de transporte mais econômicas, como motocicletas e bicicletas. Com mais de 4 milhões de veículos em circulação no estado de Goiás, especialistas calculam que os gastos com automóveis possam representar até 3% de seu valor total, motivando cada vez mais pessoas a repensarem suas escolhas de mobilidade.
