
Goianésia - Uma operação realizada nesta quarta-feira (12) resultou na prisão de sete pessoas suspeitas de aplicar mais de 60 golpes relacionados ao pagamento antecipado de diárias em pousadas falsas localizadas em Pirenópolis, um dos destinos turísticos mais populares de Goiás. Os mandados de prisão temporária foram cumpridos em Goiânia, como parte de uma ação da Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), com a colaboração da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). Inicialmente, a polícia informou que oito pessoas haviam sido detidas, mas depois corrigiu para sete, com uma ainda foragida.
De acordo com as investigações, os criminosos criavam perfis falsos nas redes sociais para atrair vítimas, que acreditavam estar reservando hospedagens legítimas em Pirenópolis. O golpe foi realizado principalmente pelo Instagram, onde os estelionatários ofereciam diárias com preços atrativos e solicitavam pagamento via PIX, após negociação por WhatsApp. Os envolvidos ainda produziam contratos falsificados, com logomarcas e timbres das pousadas, para dar aparência de legitimidade ao negócio.
A fraude era descoberta pelas vítimas quando chegavam às pousadas e eram barradas, percebendo que haviam sido enganadas. A operação, que recebeu o nome de "Sem Reservas", também revelou que o esquema era estruturado de forma hierárquica, com divisão de tarefas, utilização de várias contas bancárias e códigos PIX, além de muitos perfis falsos. A polícia também descobriu que parte dos suspeitos já havia se envolvido em outros crimes de estelionato no Distrito Federal entre 2023 e 2024, com algumas vítimas de Brazlândia.
Ao todo, a operação mobilizou 56 policiais, que cumpriram sete mandados de busca e apreensão. Em uma entrevista à TV Anhanguera, o delegado Diego Castro revelou que, além dos sete presos nesta fase, outras pessoas já haviam sido detidas na primeira parte da operação. Ele explicou que os criminosos clonavam anúncios de pousadas legítimas, recebendo valores dos turistas que acreditavam estar em contato com os donos reais dos estabelecimentos. As investigações sobre o esquema criminoso estão em andamento há cerca de um ano.
Em novembro de 2024, três mandados de prisão preventiva foram executados em Goiânia, com apoio da Polícia Civil do Distrito Federal. "A maioria dos suspeitos é de Goiânia e Bonfinópolis, mas também temos informações de envolvimento de pessoas de outros estados, como São Paulo, além de outras cidades goianas", destacou o delegado. Os presos na primeira fase da operação já estão sendo processados por crimes de estelionato e formação de organização criminosa.