Proibição total para atividades pedagógicas são as preferências; estudo revela diferença de opinião conforme faixa etária e renda

Goianésia - Para 86% dos brasileiros, é necessário adotar algum tipo de restrição ao uso de celulares dentro das escolas. A pesquisa, conduzida pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, aponta que 54% dos entrevistados defendem a proibição total, enquanto 32% acreditam que os aparelhos devem ser liberados apenas para atividades pedagógicas, com autorização prévia do professor.

O professor Hélio Silveira considera que a regulamentação do uso de aparelhos nas escolas é uma decisão acertada. “O uso indiscriminado dos celulares interfere no processo de aprendizagem e pode prejudicar a convivência no ambiente escolar. A proibição parcial ou total é uma medida necessária para garantir que os alunos se concentrem nas atividades educacionais. A escola deve ser um refúgio longe das telas, onde os estudantes possam aprender sem distrações, e onde o recreio volte a ser um momento de brincadeiras e lazer, como deve ser", afirma Hélio.

A pesquisa também revela uma divisão de opiniões entre diferentes faixas etárias. Entre os brasileiros com idades de 16 a 24 anos, 46% concordam com a proibição total, enquanto 43% preferem o uso restrito. Hélio destaca que, ao proibir o uso de celulares, as escolas podem se tornar ambientes mais propícios para o aprendizado. “A proibição do celular favorece a atenção e o foco dos alunos nas aulas. Além disso, reduz as distrações e até mesmo os casos de bullying ou uso indevido da internet.”


O estudo também aponta uma diferença no apoio à proibição conforme a classe social. Quanto maior a renda, maior é a adesão à proibição total do uso de celulares nas escolas. Apenas 5% dos brasileiros com renda superior a cinco salários mínimos se opõem à restrição, enquanto entre aqueles que ganham até um salário mínimo, 17% são contrários à medida. Essa diferença reflete, segundo especialistas, a percepção de que a restrição poderia contribuir para um ambiente mais saudável e focado nas escolas públicas, onde as distrações tendem a ser maiores.