Goianésia- A depressão é uma condição séria que atinge milhões de pessoas ao redor do mundo e pode se manifestar de diversas formas. Uma delas é a chamada depressão silenciosa — um quadro grave que, muitas vezes, passa despercebido justamente por apresentar sintomas menos evidentes do que a depressão tradicional.
Para esclarecer as principais características desse tipo de depressão e explicar como ela difere do modelo mais conhecido da doença, a psicóloga Jéssica Sousa ajuda a desvendar esse assunto. “Trata-se de um quadro depressivo em que os sintomas clássicos estão presentes, mas a pessoa consegue manter uma aparência funcional no dia a dia. Ela aparenta estar bem, mas, internamente, enfrenta um sofrimento emocional profundo. Cumpre suas obrigações e se relaciona socialmente, porém esconde o que sente por medo ou vergonha”, explica a especialista.
Mesmo com uma rotina ativa e produtiva, muitas pessoas carregam um sofrimento intenso, que nem sempre é percebido por quem está ao redor. Mas como identificar esses sinais quando eles não se manifestam de forma clara?
A psicóloga destaca os sintomas mais comuns que costumam passar despercebidos e que merecem atenção especial, sobretudo quando se mantêm por um longo período. “Frequentemente, esses sinais são confundidos com estresse ou traços de personalidade, como o perfeccionismo. No entanto, podem indicar uma depressão silenciosa. Entre os sintomas estão o cansaço crônico, alterações no sono — seja insônia ou sono excessivo — irritabilidade aumentada e autocrítica exacerbada”, aponta.
Estudos também mostram que certos traços de personalidade, como o perfeccionismo e a constante necessidade de agradar os outros, estão frequentemente ligados à depressão silenciosa, dificultando o reconhecimento do sofrimento pelo próprio indivíduo. Diante disso, é fundamental conhecer os tratamentos mais indicados para esses casos.
Jéssica ressalta que a terapia é um caminho eficaz para aliviar os sintomas e restabelecer o equilíbrio emocional. “O acompanhamento psicológico ajuda a desenvolver novos hábitos e a cuidar da saúde mental de forma contínua. Buscar ajuda profissional não é sinal de fraqueza, mas sim um ato de coragem em busca de qualidade de vida”, reforça.
