Inflação dos alimentos e custos logísticos pressionam o bolso dos goianos; moradores buscam alternativas para economizar

 

Goianésia - O preço da cesta básica em Goiás atingiu a média de R$ 798,00, segundo levantamento recente. O valor compromete mais de 60% do salário mínimo atual, de R$ 1.518, tornando-se um desafio crescente para milhares de famílias, especialmente nas cidades do interior do estado.

Em Goianésia, a alta nos preços tem sido sentida diretamente no dia a dia da população. A diarista Ana Lúcia relata que, para manter a alimentação da casa, precisou mudar hábitos e abrir mão de algumas preferências: “A gente vai adaptando, deixa de comprar alguns produtos e compra outros que você não fazia uso. Vai deixando um pouco aquela questão de marcas, que a gente fazia questão antigamente e vai deixando de lado.” conta.

De acordo com o economista João Cândido, o aumento é reflexo da inflação persistente nos alimentos e do alto custo logístico. Ele acredita, no entanto, que há sinais de alívio no horizonte: “Nós ainda estamos passando por um período de inflação um pouco desancorada. Isso faz com que os preços fiquem acima do normal. A tendência agora é de uma ligeira queda, com melhoria nos preços do café, arroz e carne. Além disso, a redução no valor do óleo diesel pode aliviar o custo do transporte.” explica.

Para lidar com a pressão no orçamento, moradores de Goianésia têm se organizado em grupos de compra coletiva por meio de aplicativos de mensagens. A prática, cada vez mais comum nos bairros, permite que famílias se unam para comprar em maior volume e conseguir preços melhores.

Enquanto o custo da alimentação segue elevado, especialistas recomendam cautela. A orientação é pesquisar preços, comparar ofertas e planejar os gastos com atenção redobrada, a fim de minimizar o impacto no orçamento familiar.