
Goianésia- O Painel de Violência contra a Mulher, recentemente divulgado, revelou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) observou um crescimento de 225% no número de julgamentos de casos de feminicídio em todo o Brasil nos últimos quatro anos. O aumento reflete uma realidade alarmante em relação à violência doméstica no país.
Em um comentário sobre o tema, o ministro do STF, Luiz Alberto Barroso, enfatizou a urgência de conscientizar a sociedade sobre a gravidade da violência contra a mulher. "É uma epidemia que precisamos superar, utilizando o direito e, principalmente, conscientizando as pessoas sobre o absurdo que é essa prática de violência", declarou Barroso.
Os dados mostram um aumento constante no número de processos julgados ao longo dos anos, conforme o levantamento do CNJ. Os números registrados foram os seguintes: 3.375 casos em 2020, 5.351 em 2021, 6.989 em 2022, 8.863 em 2023 e 10.991 em 2024.
A delegada Ana Carolina Pedrotti, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher em Goianésia (DEAM), destacou o esforço das autoridades para combater a violência de gênero. "A Polícia Civil e a Polícia Militar estão sempre focadas na prevenção desse tipo de crime, e quando ele ocorre, a resposta é rápida, seja com a prisão do agressor ou com a concessão de medidas protetivas, para que a vítima saiba que há uma punição para a violência contra a mulher", afirmou a delegada.
Além disso, também se observa um aumento significativo nas medidas protetivas concedidas pela Lei Maria da Penha. Em 2023, o Judiciário brasileiro autorizou 582.105 medidas protetivas, um reflexo do compromisso em garantir a segurança das vítimas. O tempo médio de análise desses pedidos também teve uma redução expressiva, passando de 16 dias em 2020 para apenas cinco dias no ano passado, resultando em respostas mais ágeis e eficazes para as vítimas.