
Goianésia - A alta nos preços dos alimentos continua sendo uma das maiores preocupações para os brasileiros. Em fevereiro, o grupo alimentação e bebidas registrou um aumento de 0,7%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após a alta de 0,96% no mês anterior.
A empreendedora Juliana Dias compartilha como essa escalada nos preços tem impactado seu dia a dia: "É nítido como tudo ficou mais caro. Desde os ingredientes do meu negócio até os produtos que eu mesma compro no mercado. Com os custos mais altos, não tem jeito: acabamos repassando para o cliente, e isso mexe com todo mundo."
Apesar de o aumento nos preços dos alimentos ter sido inferior à inflação geral do IPCA, que fechou fevereiro em 1,31%, o impacto no orçamento das famílias continua a ser significativo. João Victor, que ajuda nas despesas de casa, observa que os itens essenciais estão pesando muito mais no bolso: "Está difícil controlar os gastos. Coisas simples, como arroz, óleo, e carne, aumentaram tanto que tem sido impossível não perceber a diferença no final do mês. Tá complicado, porque o dinheiro não rende.”
Entre os produtos que mais pesaram no bolso dos consumidores em fevereiro, o ovo de galinha teve um aumento expressivo de 15,39%, enquanto o preço do café moído subiu 10,77%, acumulando um impressionante aumento de 66,18% nos últimos 12 meses. Esse cenário tem gerado uma sensação de aperto para muitas famílias, que, diante das altas constantes, têm se visto obrigadas a rever seus hábitos de consumo e reduzir a compra de alimentos essenciais.