Índice de frequência escolar no estado é 25%, abaixo da média nacional, refletindo desafios no acesso à educação

Goianésia - A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, divulgada nesta quarta-feira, revelou que Goiás apresenta a sétima menor taxa de frequência escolar do Brasil em 2022. No estado, 25% das crianças e adolescentes com idades entre 4 e 17 anos estavam fora da escola, enquanto a média nacional foi de 26%.

Entre as crianças de 4 a 5 anos, a taxa foi de 77,5% em Goiás, enquanto no Brasil o índice atingiu 86%. Já entre as crianças de 6 a 14 anos, o grupo que compreende a educação obrigatória, a taxa foi de 98% tanto em Goiás quanto no restante do país. A partir dos 15 anos, a frequência escolar diminui consideravelmente.

Flávio Castro, presidente do Conselho Estadual de Educação, destacou a urgência de investimentos na construção de mais Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e escolas para aumentar a frequência escolar. "É fundamental ampliar o número de CMEIs e escolas no estado para garantir que as crianças, principalmente as de 0 a 3 anos, tenham acesso à educação desde cedo. Sem esse investimento, será difícil melhorar as taxas de frequência nas faixas etárias iniciais", afirmou Castro.

Os municípios com as melhores taxas de frequência escolar em Goiás foram Rio Quente (40,3%), Alto Horizonte (34,8%) e Morrinhos (31,4%). Por outro lado, os municípios com as menores taxas foram Cachoeira de Goiás (16,5%), Jaupaci (16,7%) e Itaguaru.

Além disso, a pesquisa revelou desigualdade entre os gêneros e as raças. Em Goiás, os homens (26%) apresentaram um índice de frequência escolar ligeiramente superior ao das mulheres (25,8%). Em termos de cor ou raça, as maiores taxas de frequência foram entre pessoas de cor parda e branca (26%), enquanto as menores taxas foram observadas entre pessoas negras (20,9%) e indígenas (23%).

Em relação ao nível superior, a pesquisa apontou uma evolução significativa em Goiás, com o percentual de pessoas com diploma de ensino superior saltando de 4,8% para 18% nos últimos 22 anos. Os cursos mais procurados no estado são Gestão e Administração, Formação de Professores e Direito.