Avanços na educação são notáveis, mas desigualdades ainda persistem no acesso ao ensino superior e à qualidade de ensino

Goianésia - A porcentagem de brasileiros com ensino superior completo cresceu significativamente nas últimas duas décadas, segundo o Censo 2022 do IBGE. Entre 2000 e 2022, a taxa de pessoas com 25 anos ou mais com diploma universitário passou de 6,8% para 18,4%, quase triplicando. No entanto, esse número ainda está abaixo da média de 48% observada em países da OCDE.

Esse aumento está ligado ao crescimento das matrículas no ensino superior a distância, que saltaram de 1.682 em 2000 para 4,3 milhões em 2022. Esse modelo se mostrou atraente devido à flexibilidade e custos mais baixos, enquanto as matrículas presenciais diminuíram.

Avanços na frequência escolar, mas desigualdades persistem

O Censo 2022 também mostrou avanços na frequência escolar. A taxa de matrícula de crianças de 0 a 3 anos aumentou de 9,4% para 33,9%, e a de 4 a 5 anos passou de 51,4% para 86,7%. No ensino fundamental, a universalização está próxima, com uma taxa de 98,3%.

No entanto, ainda há desafios, como a disparidade étnica no ensino superior. A taxa de conclusão para negros aumentou, mas ainda é bem inferior à dos brancos. Além disso, a frequência escolar entre jovens de 18 a 24 anos caiu, refletindo a diminuição do número de jovens no ensino médio e fundamental.

Apesar dos avanços, a desigualdade no acesso e na qualidade do ensino permanece, e a universalização plena da educação continua sendo um desafio.